sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

PARE, AGORA...

Fique um pouco em cada questão, de olhos fechados, sem julgamentos. Apenas observe!

  • Qual a sensação no corpo? Agora?

  • Como é a respiração? (Não mude-a, perceba-a!)

  • Como é a postura do corpo? (não mude-a, perceba-a!)

  • Como é ser o que está sendo aí, agora? (não julgue, apenas concorde com o que é!)

  • Quem é que está observando, e o quê?

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Ondas e mais ondas...

Muitas vezes, a mente está como as águas nessa figura, ao lado... Tão agitada que não conseguimos discernir corretamente sobre os fatos do mundo ou estímulos que recebemos, e, que por ela, têm de ser processados. Tudo fica confuso, por vezes até a nossa percepção de fatos se distorce. Surgem muitas imagens, muitas lembranças, frases, preocupações...


Quando nos sentamos para meditar e a mente está nesse estado de agitação parece que fica impossível realizar essa atividade. Mas uma coisa que, por experiência própria, devo dizer é: Insista! Pode ser que haja dia em que você se dê conta de que é realmente impossível, mas, se em outros dias você tiver ânimo de persistir, persista! Faça um pouco de esforço por concentrar-se. Vale a pena! Você pode conseguir com que ela se concentre. E os resultados serão surpreendentes, no final das contas, pois o fortalecimento da força de vontade é algo que compensa...


Muito me vem, durante minhas práticas, a idéia, até mesmo visual, não só "verbal", de que a prática da concentração é como ir em direção ao alto mar. Pegamos o barco e o colocamos na água. Ondas e mais ondas vêm, chacoalhando o barco e jogado-o para trás. E vamos empurando o barco. Mais ondas vêm... empurram-no novamente para trás. Então, subimos no barco e começamos a remar. Remamos, remamos... e mais ondas vêm...
A mente é esse mar, no qual surgem as ondas - os pensamentos, que, por vezes, parecem ser infindos.
Conseguir a perfeita concentração é como conseguir cruzar essa arrebentação natural de ondas e atingir um estado de calma desse mar. Então, chega um momento em que há aquelas ondas "sub-aquáticas", que são meras ondulações das águas, que são mais tranqüilas, que não formam mais espumas, agitações e não empurram mais o barco para trás. A partir daí é que começamos a fazer maior progresso em nosso rumo. Então lhes digo... Se o mar está agitado e você se encontra, com seu barco, antes da arrebentação, continue remando! Os pensamentos virão com força, mas com a persistência, pode-se alcançar a calmaria e você e sua prática estarão mais fortalecidos!
OM, Paz, Paz, Paz!!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Ser... verbo em gerúndio...

Cada vez mais sinto que "Ser" é verbo a ser conjugado no gerúndio. Como no inglês: Ser = "being". Substitua a idéia de Ser-entidade por Ser-verbo, ou ato de Ser, aqui/agora. Isso desanuvia o entendimento.
Assim, Ser/sendo. E, enquanto se "É", perceber-se. Aqui/agora, Sendo.
E nesse sentido, o SER é, assim como dizem os mestres, imutável. E, realmente, não há o que ser mudado. O Ser já é livre! Todo e qualquer auto-julgamento que lhe diga que você é mutável e que necessita tornar-se adequado, aceitável é uma idéia da mente, e completamente errônea. O Ser (being) é pleno por trás de todas essas idéias da mente. O ser humano não parece viver a partir dessa compreensão em sua vida cotidiana. Digo isso porque eu mesmo não vivi assim durante todos esses 32 anos da minha vida. As agitações da mente sempre me impulsionaram numa projeção para fora. Parece que nunca ocupei, de fato, um real espaço de mim em mim mesmo. Hoje, praticando mais a auto-observação, vejo que tenho conseguido, enquanto "alma", pousar e repousar um pouquinho mais no corpo. Sentí-lo mais presentemente, acolhendo suas sensações, os pensamentos e sentimentos da mente. Isto é integração.
Às vezes consigo fazer/fazendo as coisas. Dirijo/dirigindo, como/comendo, olho/olhando... Sou/Sendo, sem distrações mentais, sem idéias, pensamentos, completamente em mim. Ainda me vejo, em vários momentos, para fora deste meu espaço, como se me projetasse para além da minha cabeça física, relacionando-me com o resto do mundo, saindo de mim, e não exatamente de mim e em mim, mas muitas vezes, também, consigo retornar e me acentar neste espaço que é só meu. E Ser. :)

Singelas sugestões para quem está começando...

Caros amigos iniciantes,

Hoje quero dar-lhes umas sugestões que considero bastante eficazes para quem quer iniciar ou já está iniciando suas práticas, mas que ainda sentem alguma dificuldade.

1. Local para a prática:

Escolha um local limpo, arejado e tranquilo. No começo você precisará de tranquilidade. Com o tempo de prática, poderá se concentrar e meditar onde quiser. De preferência, escolha um local específico e estabeleça-o para ser o seu local de prática. Se você mora com família ou amigos, escolha o seu quarto e encontre um canto onde possa se sentar confortavelmente. Se morar só, procure ter um cômodo, se possível, somente para isso. Ter um espaço para somente meditar é muito bom e nos ajuda muito a manter a assiduidade da prática porque as energias próprias da meditação ficarão impregnadas ali, o que facilitará a sua entrada no estado de concentração, mesmo em momentos em que a mente esteja muito agitada. Se quiser, caso siga alguma religião, poderá montar, neste cômodo um altar com estátuas de representações divinas, fotos de santos e mestres, etc. Caso não queira, isto não é imprescindível.

2. Preparação:

Sempre muito bom tomar um banho, escovar os dentes antes de praticar. Hábitos de higiene são importantíssimos para uma prática saudável. Procure fazer todas as suas necessidades (urinar e defecar caso seja necessário no momento) antes de sentar-se para meditar. Não é bom sentar-se sentindo, ainda que pouca, necessidade de ir ao banheiro. Isso prejudica o relaxamento do corpo, principalmente das partes genitais. No caso de ter se alimentado antes de praticar, espere pelo menos 40 minutos após a refeição, caso ela tenha sido leve. Se tiver sido uma refeição mais pesada, espere pelo menos 1 hora e meia. Não é bom competirmos com a digestão. Ela queima bastante energias e, se direcionarmos essa energia para a meditação não faremos bem nem a digestão e nem a prática.

3. Postura:

É bom acostumar o corpo (se possível) numa posição de pernas cruzadas no chão. Pode-se sentar numa cadeira, sem problemas, mas eu penso que a postura chamada सुखासन (sukhAsana) é mais eficaz para a formação de um campo energético em torno do seu corpo, o que é muito bom para nosso sistema nervoso e para a circulação da energia. As mãos podem se posicionar da maneira mais confortável para você. Penso que se você as entrelaçar, estará reforçando a formação do campo energético em torno de seu corpo também, o que é muito positivo. Se quiser utilizar uma almofada, procure sentar-se sobre a borda da almofada, lembrando sempre que a coluna deve estar ereta, e os ísquios (os ossinhos que temos na base da pélvis, que servem de apoio aos quadris) devem estar apoiados no chão (ou na borda da almofada). Sentando-se sobre a almofada, seus quadris ficarão mais altos que os joelhos, o que o ajudará a manter a coluna mais reta e com menos tensão. Não permita que sua coluna se arqueie e que o apoio do acento se concentre sobre o cóccix (o osso de base da coluna vertebral, próximo ao ânus), pois isso prejudica a sua conscientização e a sua saúde, por ser, esta região, cheia de nervos diretamente ligados à coluna. Tente encontrar uma posição estável na qual se sinta confortável. Balançar levemente o corpo, no início, movimentando as vértebras da coluna um pouquinho ajuda bastante a nos ajeitar. Procure alongar toda a coluna, desde o cóccix até a cervical, aproximando o queixo da garganta, alinhando-o, porém, sem descer o rosto. Tendo encontrado sua postura, aquiete o corpo. Pare qualquer movimento intencional. Feche os olhos. Importantíssimo que se feche os olhos pois eles dispendem demasiada energia mental se abertos. Procure não distrair-se. Para isso, os olhos devem ficar fechados.

Detalhe que muito pouco se fala: para maior circulação energética e entrega, perceba como estão as sombrancelhas, as mandíbulas (maxilares), o períneo e o ânus. Solte completamente essas quatro regiões de qualquer tensão. A língua também deve estar solta e relaxada, o tempo todo.

4. Invocação ou prece (opcional):

Por meio de uma prece ou de um simples pedido, se você segue alguma religião, você pode invocar graciosamente o Senhor e santos já realizados, para que você possa ter sucesso em sua prática. Se você não segue nenhuma religião específica, pode simplesmente invocar o Princípio de Vida do universo, ou em você mesmo, e pedir por este sucesso. Lembre-se: Meditação não tem nada que ver com religião, embora muitas, ou praticamente todas a adotem, em algum momento. Se preferir, pode suprimir este passo.

5. Respiração regular:

Muito se recomenda a utilização de uma respiração regular como meio para atingir um certo relaxamento e o estado de interiorização. Um exemplo simples de ser realizado:
Estabeleça uma contagem mental, em rítmo regular (sem acelerações ou desacelerações), constante. Inspire contando até 6 (ou 8, ou 12, a depender da sua capacidade respiratória - isto é você quem deverá observar e perceber os seus limites. A respiração não deve ser tensa, nem forçada, mas leve, relaxada, profunda e, sobretudo, lenta). Aqui vamos estabelecer o limite de 6 tempos de contagem para cada fase da respiração a saber:
  • Inspire contando de 1 a 6;
  • Retenha pulmões cheios, contando de 1 a 6;
  • Exale, contando de 1 a 6.
Se achar que consegue, ao terminar a exalação, manter os pulmões vazios contando de 1 a 6, pode acrescentar esta fase ao processo. Caso sinta que ainda não lhe é possível, deixe-a de lado, respirando somente em 3 fases (inspiração-retenção-exalação).

Mantenha a contagem presente, mentalmente, em ritmo regular e constante e vá repetindo o processo descrito algumas vezes. Pelo menos umas 9 ou 10 vezes é bom repetir. Você perceberá uma mudança no seu estado de mente. Perceberá que, embora ainda haja pensamentos, ela estará mais tranquila e calma. Não há uma quantidade específica de repetições necessárias. Você é que deverá estar atento(a) à necessidade de continuar mais e mais, ou não, conforme esteja a sua mente, se mais agitada, ou mais tranquila.

Ao sentir que já repetiu o processo de respiração regular suficentemente, pare a contagem e apenas inspire mais profundo e exale completamente o ar, por 3 vezes. Então, solte a respiração e não mais a altere.

6. Interiorização:

Deixe o corpo se relaxar mais e mais. Perceba-o se relaxando. Solte os pés e as pernas. Solte mais e mais o períneo e o ânus. Relaxe os músculos das costas, os ombros, os braços e as mãos. Solte o pescoço alongado, de suas tensões. Solte os maxilares e o ponto entre as sombrancelhas. Não pressione as pálpebras. Deixe-as suavemente cerradas. Perceba a sua pele em toda a extensão do corpo; os pontos em que ela se tensiona e os pontos em que há relaxamento. Perceba o contato das pernas, das mãos, da roupa no corpo, etc.

Enquanto vai relaxando e percebendo as partes, já vá procurando manter a sua atenção na sua respiração livre, solta. Solte os controles... Não modifique a respiração. Não se apegue a nenhum som externo. Volte cada vez mais a sua atenção às sensações e para a totalidade do seu corpo. Sinta-se aí, sentado. Permaneça o quanto sentir que é agradável ou possível. Não há determinações específicas de tempo para cada fase da prática, mas é bom tentar permanecer em cada uma delas um certo tempo que poderia durar de 5 a 10 minutos. Mas não é regra. Nada deve ser mecânico, até porque não ficaremos abrindo os olhos para olhar o relógio, certo!? ;)

7. Concetração na respiração:

Vá deixando, aos poucos, as partes do corpo 'de lado'. Concentre sua atenção no 'como' o seu corpo está respirando, sem julgamentos. Não emita nenhum juízo sobre isso. Apenas observe sem modificar a ação, que é só do corpo, neste momento!
Concentre a sua atenção no como a respiração 'acontece' neste momento, no seu corpo. Sempre observe "ESTE" momento. Solte os pensamentos referentes ao passado ou ao futuro. Observe as sensações relacionadas a como esta respiração está acontecendo. Sinta-se aí. Observe o corpo respirando.
Quando tentamos manter a atenção na respiração (ou em qualquer objeto, seja uma visualização, ou um mantra, etc), naturalmente os pensamentos começam a surgir; a tirar a sua atenção da respiração do corpo. Deixe ser. Não tente expulsar os pensamentos, nem se aferre a nenhum deles. Não se envolva emocionalmente com eles. Quando se pegar envolvido(a) no pensamento, apenas dê-se conta "opa"... e volte, sem julgamentos, sem lutas internas, para a atenção na respiração.

Volte para ESTE MOMENTO, na respiração do corpo. Novamente eles vão surgir, é natural. Volte... volte........ volte................ volte............... quantas vezes precisar voltar. Não precisa se irritar com a mente. É assim que ela é.

Continue sentindo o corpo respirar, sem modificar nada, mas agora, comece a imaginar que o ar entra pelas narinas e se aloja no ponto entre as sombrancelhas. Ao sentir que o corpo exala o ar, imagine esse ar saindo por esse ponto entre as sombrancelhas. E assim, fixe-se aí: no ar entrando pelas narinas e se alojando no entrecenho e saindo por ele ao exalar naturalmente. Isso vai aprofundar mais e mais a sua concentração. Agora é permanecer. Chegar aqui é, de certo modo, um tanto difícil... mas quando vc conseguir, sentirá um desejo grande de ficar mais e mais. Se sentir esse desejo, não reprima... esqueça o tempo, esqueça o corpo... desfrute!!
* * *

Bom, a partir daqui, não há mais o que querer dizer, porque agora é cada um consigo mesmo. Cada um terá uma experiência específica, de acordo com sua história de vida, com suas crenças, etc, etc... Não dá para padronizar nada. E cada um vai descobrir, por si só, como se conduzir nesta permanência, à medida que as novas experiências forem acontecendo. Agora, posso apenas desejar a todos uma boa prática!!

Abraços e muita PAZ!



domingo, 16 de dezembro de 2007

Coincidência maravilhosa...

ॐ श्री रमना महार्षि की जे !!
Pesquisando na internet sobre essa grande alma que é Ramana MahArshi, descobri uma bela coincidência que me deixou extremamente feliz... Sua personalidade veio a este mundo no dia 30 de dezembro de 1879, exatamente 95 anos antes da minha!!
Deixou este mundo em 14 de abril de 1950.

Aqueles que tiveram a feliz oportunidade de estarem pessoalmente com ele contam que muitas vezes ele tinha a capacidade de dar o seu दर्शन (darshan = iniciação, bênçãos, ensinamentos) simplesmente por sua presença, em total silêncio. Iluminou-se muito cedo, ainda adolescente, quando teve a sensação de estar morrendo e em sua mente surgiu um medo aterrador. Foi então que deitou-se no chão de seu quarto, soltou seu corpo e dramatizou a sua morte. Iniciou aí a sua auto-inquirição. "Este corpo está morrendo e será levado ao crematório e reduzido a cinzas. Sou eu, este corpo? Este corpo, morrendo, morrerei eu? Sou eu esta mente, esses pensamentos e sentimentos?" Foi que, teve a iluminação de perceber que o EU não morre com a morte do corpo. Tinha apenas 16 anos de idade. Para a maioria das pessoas é necessária muita prática meditativa sincera e séria para chegar a isto. Para Ramana, não. Simplesmente aconteceu.

OM SRÍ Ramana MahArshi KI Jay!!

ॐ श्री रमना महर्षि कि जे
"A auto entrega é autoconhecimento."
Experimente soltar todo o corpo e qualquer controle que a mente queira exercer durante sua prática meditativa. Isso se mostra altamente poderoso! Deixe que qualquer manifestação do Ser (e não da sua mente, o ego) surja. Qualquer movimento interior ou exterior. Deixe ser!

Ensinamento de Srí Ramana MahArshi


"Isto que emerge neste corpo como um "eu" é a mente. Se a mente, que é um instrumento de conhecimento e a base de toda atividade, se acalma, a percepção do mundo como sendo uma realidade objetiva cessa. Investiga o que é a mente e ela desaparecerá. Não há mente apartada do pensamento. Não há utilidade nenhuma em remover dúvidas. Se removemos uma dúvida, outra imediatamente surge e não haverá fim para isso. Todas as dúvidas cessarão somente quando aquele que duvida e sua fonte tenham sido encontrados. Busque a fonte daquele que duvida e você verá que ele é realmente não-existente. Cessando aquele que duvida, as dúvidas cessarão."

श्री रमना महर्षि

Srí Ramana MahArshi

(1879-1950)

Instante fantástico!


As mãos entrelaçadas começavam a não mais se sentir. Sentiam, num momento, um espaço vazio entre si. Noutro, uma sentia-se de dorso para a outra, embora os dedos permanecessem entrelaçados. Um formigamento intenso nas extremidades do corpo se instalara. O ar entrando e saindo, lentamente fora ficando escasso. As imagens, as frases e as memórias também, cada vez mais escassas. Eu, apenas observando. Quando a mente se aquietou, chuvas e mais chuvas de vibrações muito sutis, como que de formigamentos de frequência fina, porém razoávelmente intensa, começaram a trespassar o corpo. Já havia, há muito, experimentado essa sensação durante orações ou passes de centro espírita... mas como esta, nunca! Foi algo realmente excepcional! Até aqui, tudo bem. A personalidade estava gostando muito disso tudo. As costas doíam um pouco, o pescoço, mas tudo estava muito agradável, mesmo que a respiração estivesse ficando mais e mais curta, e inclusive como que sendo forçada a soltar mais e mais ar do que inspirar. E como estava muito bom, pude continuar ali, observando.

Até que chegou o momento em que a energia vertida sobre meu corpo estava tão intensamente vibrante que, eu estando ali, tão completamente presente, focado, sem pensamentos naquele exato instante, a respiração se suprimiu por uns dois ou três segundos. Já que a energia me banhava tão fortemente, para quê respirar? Não precisava! Nesse exato instante de dois ou três segundos sem respiração, apagaram-se as luzes da mente. Era essa a sensação... Como se a mente fosse um espaço, um ambiente, uma câmara pela qual costumam passar e se alojar por uns tempos os nossos pensamentos, mas que, naquele momento tivesse sido simplesmente apagada. "Pronto! Não há mente agora". Aí sim, o assombro se instalou, por três ou quatro segundos, em que não havia mente, mas EU, eu estava ali! Eu estava ali, completamente presente, completamente consciente; mais que acordado! Como!!?? Foi realmente um assombro! Então foi que a personalidade já não se sentiu mais tão agradável. Como se começasse a sentir medo de ser aniquilada. "-Opa, opa, opaaaaa.... vooolta, volta, voooltaaaaaa!!!!" E foi assim que voltei a respirar ofegantemente, tal foi o susto que tomei...
(experiência vivida em 12/11/2007 - segunda-feira)

Olá aos que chegam!














(figura de Alex Grey)

Olá, meus amigos e amigas! Convido-os a vir comigo a esta viagem fantástica!! ;)

ध्यानं (dhyAnam), em sânscrito, quer dizer "Meditação"... uma descoberta milenar dos rishis, os homens sábios da Índia antiga. Muitas pessoas têm buscado a sua prática para a obtenção de bem estar físico e emocional. Mas não é a esse papel, exatamente, que ela se presta, embora estes sejam benefícios realizáveis. Para início de conversa, só se pratica meditação realmente, após o estágio em que ela 'acontece'. Ninguém pratica meditação, ao menos no estágio atual da humanidade. O que se pratica mesmo, são técnicas de concentração. E existem inúmeras. Mas 'meditação', mesmo... só quem já chegou a vivenciar o real estado meditativo, que é, de fato, um estado completamente desconhecido do ser humano vulgar, poderá praticá-lo. Sim. Meditação, após o momento em que ela acontece, precisa ser praticada, porque é extremamente difícil, para nós, mantermos este estado por muito tempo. Neste blog, pretendo compartilhar pequeninas, mas pequeninas mesmo, experiências que andei vivenciando ultimamente. Nada nada astronômico sob o ponto de vista de um ध्यानी (dhyAni - praticante de meditação) adiantado, mas muito extasiante para um mero iniciante como eu... Espero que elas estimulem aos meus queridos amigos e outros leitores deste!
Abraços e muita PAZ no peito!