Cada vez mais sinto que "Ser" é verbo a ser conjugado no gerúndio. Como no inglês: Ser = "being". Substitua a idéia de Ser-entidade por Ser-verbo, ou ato de Ser, aqui/agora. Isso desanuvia o entendimento.
Assim, Ser/sendo. E, enquanto se "É", perceber-se. Aqui/agora, Sendo.
E nesse sentido, o SER é, assim como dizem os mestres, imutável. E, realmente, não há o que ser mudado. O Ser já é livre! Todo e qualquer auto-julgamento que lhe diga que você é mutável e que necessita tornar-se adequado, aceitável é uma idéia da mente, e completamente errônea. O Ser (being) é pleno por trás de todas essas idéias da mente. O ser humano não parece viver a partir dessa compreensão em sua vida cotidiana. Digo isso porque eu mesmo não vivi assim durante todos esses 32 anos da minha vida. As agitações da mente sempre me impulsionaram numa projeção para fora. Parece que nunca ocupei, de fato, um real espaço de mim em mim mesmo. Hoje, praticando mais a auto-observação, vejo que tenho conseguido, enquanto "alma", pousar e repousar um pouquinho mais no corpo. Sentí-lo mais presentemente, acolhendo suas sensações, os pensamentos e sentimentos da mente. Isto é integração.
Às vezes consigo fazer/fazendo as coisas. Dirijo/dirigindo, como/comendo, olho/olhando... Sou/Sendo, sem distrações mentais, sem idéias, pensamentos, completamente em mim. Ainda me vejo, em vários momentos, para fora deste meu espaço, como se me projetasse para além da minha cabeça física, relacionando-me com o resto do mundo, saindo de mim, e não exatamente de mim e em mim, mas muitas vezes, também, consigo retornar e me acentar neste espaço que é só meu. E Ser. :)
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