O sábio é aquele que nunca sai debaixo da árvore, onde há o real conforto, a sombra que impede o sol e seu calor de esquentá-lo.
O calor e o sol escaldante é como a ignorância do Si mesmo. É a zona para a qual o ignorante vive constantemente se projetando. A mente, o ego.
O homem ignorante, algumas vezes desfruta da paz do Ser, mas na maior parte do tempo vive saindo para fora dessa sombra indo para essa zona de grande calor, que é a profusão de pensamentos, a mente. E dá demasiada importância a eles.
ShrI Ramana MahArshi diz que não há mente apartada do pensamento. E isso, podemos todos perceber por nossa própria experiência. Quando não há pensamentos, não há mente. Um exemplo é um dos muitos dados pelos Upanishads (escrituras vedânticas): Durante o sono profundo, não há pensamentos. Portanto, não há mente. Não há manifestação deste mundo tal qual cremos ser real. Quando entramos em sonho ou acordamos para o estado de vigília, surge a mente com o primeiro pensamento possível: o pensamento-eu. A partir deste, todos os outros pensamentos podem surgir. Quando existe mente, existe pensamento e existe o mundo manifesto, tal qual acreditamos ser real por si mesmo. Mas quando não há mente, no sono profundo, não há manifestação do corpo físico, nem de pensamentos e nem deste mundo. O que nos faz observar que este mundo não tem realidade independente de Nós (o SER). Mas quando não há mente, nós continuamos a existir, como o próprio Ser. Daí a importância do estado meditativo (no qual se está completamente presente no Si-mesmo, e não na mente), pois nesse estado a mente se aquieta e tudo aquilo que existe a partir da existência da mente (o mundo) desaparece junto com ela nesse estado de Ser. Tudo o que surge na mente não é real em Si mesmo. O Ser é o único real em Si.
OM PAZ!
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